12 de junho, 2025
O setor portuário brasileiro está no centro das atenções de investidores internacionais, com a previsão de receber mais de R$ 25 bilhões em investimentos estrangeiros até 2026. Os aportes envolvem contratos já assinados, leilões realizados e projetos de concessões e arrendamentos previstos para os próximos dois anos, com o objetivo de ampliar a eficiência logística, modernizar terminais e atrair novos operadores internacionais.
A expectativa do Governo Federal é que esses investimentos ampliem a capacidade de escoamento da produção nacional, especialmente nos corredores Norte e Nordeste, além de estimular a concorrência no setor, reduzir custos operacionais e garantir maior integração entre os modais logísticos.
Apenas em 2023, o Brasil movimentou mais de 1,2 bilhão de toneladas de cargas em seus portos públicos e privados, um crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior. A meta, segundo o Ministério, é fortalecer a posição do país como hub estratégico para o comércio global, integrando infraestrutura moderna a políticas de atração de investimentos e parcerias público-privadas.
Entre os principais projetos, destaca-se a ampliação de terminais de contêineres, grãos e combustíveis, além de novas áreas de arrendamento voltadas à exportação de minério e fertilizantes. Há, ainda, iniciativas voltadas à descarbonização da logística portuária e ao incentivo à adoção de tecnologias sustentáveis — elementos cada vez mais valorizados por fundos internacionais.
O crescimento do interesse de investidores estrangeiros pelo setor portuário brasileiro reflete a combinação entre alto potencial de retorno, segurança jurídica nos novos contratos e um cenário favorável à concessão de ativos logísticos. Empresas de diversos países, incluindo Suíça, Noruega, Portugal, Alemanha, Espanha, Estados Unidos e nações asiáticas, demonstraram interesse em participar dos projetos brasileiros.
A equipe de Investimentos Estrangeiros acompanha de perto essas movimentações e está à disposição para assessorar empresas interessadas em estabelecer operações no Brasil por meio de abertura de filiais, sociedades locais ou parcerias estratégicas.
Vívia Araújo e Eduardo Sonntag